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Inovar ou executar? A escolha de ouro para as organizações.

Empresas não se tornam grandes por acaso.

É um misto de planejamento, execução, inovação, oportunidades e muita persistência.

É comum vermos organizações que estão estabelecidas no mercado focando apenas em entregar o que há de melhor no seu produto/serviço, esquecendo de olhar em volta e negligenciando o que tendências futuras podem ditar para elas. Muitas focam total esforço na execução do trabalho atual e não olham para a inovação.

Por isso, a questão que surge é: se certas empresas conseguem alcançar o estrelato, como podem não conseguir se manter no mercado? Além disso, precisamos olhar para o "agora" ou olhar para o "amanhã" dentro da organização?

Essas respostas podem ser conquistadas através da resolução de uma equação que parece muito simples (mas não é.):

Inovação x Execução = Ambidestria organizacional

De um lado temos a inovação, amiga da criatividade, das mudanças rápidas, da flexibilidade e da tolerância a erros. Do outro a execução, amiga dos processos, do foco, da disciplina e da aversão a erros.

Essas duas abordagens são completamente opostas e ocorre que, geralmente, quando uma empresa é muito boa em uma, acaba sendo ruim na outra e vice-versa. Porém, é inegável que, juntas, elas garantem a sobrevivência do negócio. O grande desafio é encontrar um equilíbrio e poder gerir as duas da melhor forma possível, sem prejudicar as ações já existentes e que dão certo para o bom funcionamento da organização.

Empresas como a Amazon, Netflix, AirBnB, Uber, Spotify, Nubank e iFood, surgiram como únicas no mercado (resolvendo problemas que nem sabíamos que existiam!) e, algum tempo depois, surgiram várias outras com a mesma proposta, mas oferecendo outros benefícios que podem se sobressair como mais vantajosos. Todas precisaram investir seu tempo e dinheiro em alternativas para continuar existindo.

O conceito de ambidestria se fez valer em um cenário onde é necessário juntar inovação e execução. Não existe uma fórmula para tornar uma empresa ambidestra, mas existe alguns padrões que foram observados ao longo do tempo:

Algumas empresas que alternam períodos de inovação e execução, o que ajuda a oxigenar o time como um todo, mas correm alguns riscos de execução no meio desse caminho.

Outras separam uma unidade específica, ou pessoas específicas para inovação, tendo profissionais que só olham para frente, mas o desafio é que essas inovações façam sentido com a execução, que apesar de apartada nesse modelo, não deve ser deixada de lado no momento de explorar novos caminhos.

E por fim, existem as empresas que possuem uma cultura em que todos possam explorar ativamente as duas abordagens. Onde, vivendo a execução, qualquer um pode identificar oportunidades de melhorias e novas alternativas.

Pra mim, um modelo que mistura um pouco das duas últimas é o ideal para o momento que passamos: Ter um responsável em puxar a inovação olhando pra fora, para o mercado e para o mundo, oxigenando o time que, por sua vez, também é co-responsável pela inovação olhando para a operação, trazendo de dentro pra fora as oportunidades que só quem está no dia a dia consegue perceber.

Mas, no fim, o que realmente importa é uma análise sobre a empresa e o momento em que ela se encontra e assim construir um modelo de ambidestria que faça sentido agora.

Não tendo medo de mudá-lo conforme as coisas e o mundo mudam, porque afinal, todo esse texto é sobre como se adaptar durante a evolução da sociedade e tecnologia no mundo em que vivemos para sobreviver (e se tudo der certo, crescer).