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"Mulher em cargo de liderança aparece se divertindo e choca a sociedade! Como assim ela pode se divertir!?”

A Primeira Ministra da Finlândia, Sanna Marin, aparece dançando em vídeo e recebe uma chuva de críticas.
Marin já foi acusada anteriormente por participar de festivais de música. Alguns opositores a acusam de passar uma imagem pouco confiável para uma líder de governo.

Isso reforça o quando nós, mulheres, precisamos agir como recatadas e do lar, senão não somos dignas de respeito. Enquanto o homem tem “passe livre” para fazer o que quiser e ser visto com os mesmos olhos de admiração e dignidade.

Para reforçar o quanto o machismo assola as mulheres no trabalho, aqui estão alguns índices sobre o tema:

As mulheres ganham cerca de 20% menos do que os homens no Brasil

Dos 12 milhões de desempregados, 6,5 milhões são mulheres, segundo última pesquisa do IBGE. A taxa de desocupação dos homens está em 9%, enquanto que a das mulheres é de 13,9%.

As mulheres ocupam 38% dos cargos de liderança no Brasil, de acordo com uma pesquisa realizada pela Grant Thornton em 2022.

E por que existe essa diferença?

É um problema estrutural da nossa sociedade. Como citei acima, a mulher nasceu com o papel de ser “mansa”.
Esses problemas acontecem porque a figura feminina possui jornadas duplas ou triplas, pois além de trabalhar formalmente, muitas vezes precisam cuidar da casa e dos filhos, forçando-as a aceitar trabalhos piores e que pagam menos.
Isso também explica uma alta na taxa de pedidos de demissão entre as mulheres, que cresceu durante a pandemia.

Não dá para deixar de lado o machismo e a ausência de políticas que favoreçam a ocupação de mulheres em cargos de liderança e de uma remuneração justa e equiparada, complementando que podemos fazer e ser O QUE QUISERMOS fora do trabalho e que isso não diminui nossa competência profissional.

Por fim, quem é que vive sem uma cervejinha, um encontro com amigos, rir alto e uma boa festa nos finais de semana?